Conheceu-se na passada semana o relatório anual do organismo Europeu de Patentes (EPO), atualmente liderado pelo português António Campinos. O número de pedidos de patentes, indicador dos investimentos em I&D das empresas, aumentou 4,5% em 2021 com destaque para os campos da tecnologia.

No topo da lista de países com as empresas que mais apostam na investigação e conhecimento para a inovação, figura a Suíça. Não é por acaso que a Suíça é destacadamente a economia mais inovadora do mundo (OMPI) à frente da Suécia e dos EUA, do Reino Unido e da Coreia do Sul. A Suíça encabeça esta lista pela 11ª vez consecutiva. As empresas suíças apresentaram quase sete vezes mais pedidos de patentes por milhão de habitantes no ano passado do que as empresas nos EUA.

O setor da tecnologia médica liderou em volume de pedidos, seguindo-se o setor dos bens de consumo, dispositivos electrónicos, produtos farmacêuticos, química e biotecnologia. Entre as empresas suíças, o grupo farmacêutico Roche, com sede em Basileia, ultrapassou o grupo de engenharia eléctrica ABB, em primeiro lugar. As duas empresas de tabaco Japan Tobacco e Philip Morris foram seguidas pela Nestlé e Swatch Group. Em 2021, o EPO recebeu um total de 188.600 pedidos de patentes, um aumento homólogo de 4,5% que estabelece um novo recorde.

Na Suiça 8.442 pedidos de patentes foram registados, um aumento de 3,9% face ao ano anterior. Globalmente, os EUA lideram em quantidade de pedidos de patentes (não por milhão/hab) e a China registou um acentuado aumento de 24% ( 16.665 ).

Apesar do momento de grande volatilidade e incerteza económica, este aumento do investimento em I&D é um sinal positivo para o futuro da economia global.