Já aqui escrevi que considero o problema da erosão costeira como uma questão prioritária para o concelho, em particular para as populações da margem sul Cova Gala, Costa de Lavos e Leirosa.

A solução para o areal urbano é uma questão secundária e que depende do projeto que vier a ser efetivamente implementado para combater a erosão costeira a sul.

Neste momento a solução apontada é o bypass.

O bypass irá encurtar o areal urbano e permitirá também regular essa extensão.

É uma escolha que os figueirenses terão que fazer. Depois da construção do molhe as primeiras queixas sobre a excessiva extensão da praia ocorreram ainda nos anos 70, quando a praia tinha cerca de 180 metros.

Queremos uma praia com 180 metros?

Essa é aproximadamente a distância até às atuais passadeiras mais distantes paralelas à costa.

Ou seja, qualquer que seja a solução para o areal urbano ela terá que ser pensada para umas boas dezenas de metros atrás dessa linha.

Não é preciso ser engenheiro para perceber que não será possível projetar obras muito pesadas para um cenário de uma praia mais curta.

Diria que estruturas ligeiras de apoio a alguma atividade desportiva de praia e de apoio aos banhistas caberão certamente nesse cenário.

Para além disso, talvez fosse mais avisado deixar formar alguma duna e vegetação para ajudar a conter a energia de possíveis assaltos das ondas e do vento em dias de tempestade.