O porto comercial na margem sul? Sim, certamente. Quando em Março de 2021 escrevi sobre o assunto, disse isso. Não mudei de opinião nem mudarei.

Tenho bem gravadas na memória as imagens do espaço agora ocupado pela estrutura portuária, antes da sua implantação.

Lembro o espaço e as actividades ali desenvolvidas: a castiça lota do peixe, logo pela manhã, as vistas desafogadas sobre o Mondego, logo à entrada da cidade.

Hoje fomos dali “despejados” e “fecharam-nos “o rio em parte substancial da sua extensão.

Primeiro em Salmanha/Vila Verde, depois na área urbana. Meto no mesmo rol de “malfeitorias”, os edifícios que tampam a Rua Bernardo Lopes, feios de morrer.

Feio é também o porto.

Feio como todos os portos, mas não é essa razão pela qual o desejo do outro lado. Apenas porque lá existe espaço capaz para a instalação de toda a estrutura associada.

E porque se libertaria uma área razoável de vista e proximidade do rio, uma mais valia para a cidade, os munícipes e também o turismo.

Como afirmei no ano transacto.

Sonho com ajardinamento da zona, instalação de pequenos quiosques de bebidas e jornais, esplanadas voltadas para o sol e o rio que nos aquecem a alma.

Haja determinação e vontade política e os sonhos concretizam-se.

Espero pela realização deste.

Que não demore! É que, por “tradição”, mais depressa acontecem os mamarrachos e afins do que o que é belo.