Ikigai, um termo japonês que significa “a razão de ser”, é um princípio filosófico que promove a busca de equilíbrio entre as várias facetas das nossas vidas. No livro que acabei de ler esta semana, “Ikigai: The Japanese Secret to a Long and Happy Life”, de Héctor Garcia e Francesco Miralles, o conceito é explorado como a chave para uma vida longa e feliz.
A palavra combina “iki” (vida) e “gai” (valor), refletindo a busca por um propósito de vida e harmonia, enraizado nas tradições filosóficas japonesas, incluindo xintoísmo, budismo e confucionismo, e tem sido uma constante na cultura nipónica.
Um pequeno exemplo: aqui nas ilhas de Okinawa, encontramos a região com a maior longevidade no mundo. O segredo? Uma comunidade onde o mote é ajudar o próximo, onde cada um trata do seu jardim, onde os carros são substituídos pela rotina de uma caminhada, uma alimentação saudável, rica em vegetais. Em suma, a importância das relações humanas, o envolvimento social, a conexão com a natureza, a apreciação das pequenas alegrias da vida. A relevância de se manter ativo e de nunca cruzar os braços.
Representado por um diagrama de quatro círculos que se sobrepõem, o ikigai abrange o que amamos, em que somos bons, o que o mundo precisa e o que pode ser remunerado. O equilíbrio ideal é encontrado na interseção destes círculos, sugerindo que a verdadeira satisfação vem de alinhar paixão, missão, vocação e profissão.
O ikigai ganhou popularidade internacional nos tempos modernos, especialmente através de livros e estudos que exploram a sua relação com a longevidade e a felicidade. O seu interesse crescente reflete um desejo global de encontrar mais significado e satisfação na vida, destacando a busca por um equilíbrio e harmonia que são essenciais para uma existência plena e saudável.
Este conceito no Japão, caros leitores, não é apenas uma ideia, mas uma forma de viver que pode levar a uma profunda satisfação, alegria e segredo para a longevidade.