A pandemia veio colocar em hiato a vida e projectos de toda a sociedade. Na Academia, muitos grupos e associações viram-se privados de exercer o seu desígnio. Mesmo tendo alguns adoptado novas formas digitais de exercerem o seu mestér, a fadiga e desmotivação acabaram por prevalecer adormecendo o corpo associativista e cultural.
É, pois, com imperiosa necessidade que em Setembro a vida Universitária volte em pleno, trazendo de volta os nossos estudantes -maiores e vacinados- com o fervor necessário para reerguer o brio Académico. Neste ponto, tem particular relevo e responsabilidade a Praxe Académica Coimbrã. Enquanto medium primus Universitário, é crucial que se mantenha a componente da passagem geracional de testemunhos e conhecimento. Não só de conhecimento (pois não deixa de ser importante, um Caloiro ter acesso à sebenta mais actual ou ao Professor menos raposeiro), mas também de civismo e responsabilidade que a cada lhe compete para com Coimbra e a sociedade. Mas infelizmente existe o habitual clichê etário: as gerações mais velhas tendem a descurar as mais novas pelos mais variados e históricos motivos. Exemplo recente disso foi a condescendência com que as autoridades civis encaravam a participação dos jovens no processo de vacinação, mas que, creio eu, e dando particular enfoque nos estudantes do ensino superior, ter sido unicamente exemplar. E há que continuar a iterar essa exemplaridade (não fôssemos nós estudantes do ensino superior – o futuro de Portugal!) para com os nossos novos colegas. Em Setembro do ano passado, o Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra desenvolveu várias actividades, usando a Praxe Académica, como forma de sensibilização e educação para as regras de segurança.
Este ano a urgência está na vacinação de todos, e também em paralelo, na luta contra a ignorância digital. Encaro então como meu dever e responsabilidade – não fosse eu próprio alguém da boa ciência – que a Praxe Aacadémica através dos seus Caloiros mais verdes até ao mais experiente dos Veteranos cumpra mais uma vez o desígnio de ser a candeia acessa que afasta a desgraça do obscurantismo bacoco!
FRA!