Revista Time edição de 2 de Agosto

Será, provavelmente, a 1ª vez que Coimbra faz parte de uma lista mundial dos 100 melhores lugares para viver, segunda uma revista de renome como a Time
Nesta nomeação ressaltam, para mim, fatores importantes do crescimento da perceção positiva que a Cidade poderá ter no panorama Mundial: a presença de um novo Hotel de excelência Mundial; a presença de importantes membros da comunidade cultural internacional; a contínua recuperação do património histórico. E, tudo isto, contextualizado pela comunidade estudantil, cada vez mais internacional, de uma Universidade fundada no século XIII. Faço esta referência porque também, nestes dias, conhecemos os resultados do Censo 2021. Noticias ameaçadoras e preocupantes, em vários rubros, mas em especial, na diminuição da população no distrito e, particularmente, em Coimbra de 1,8%, em 10 anos. Como será possível a convivência destes “aparentes” factos contraditórios? Uma cidade que está no escaparate do Mundo como um dos melhores para viver, nunca poderia ter um resultado negativo do seu crescimento demográfico Para mim a razão é simples, falta-nos a capacidade de fixação de todos aqueles que cruzaram, estudaram e viveram em Coimbra. Falta-nos uma parte essencial de uma estratégia de crescimento de uma cidade (pois, como hoje sabemos, a competitividade entre países, no âmbito do novo mapa geopolítico, deixou de ser uma competitividade país-país para uma competitividade cidade-cidade).
Falta-nos a iniciativa privada;
Falta-nos o empresário;
Falta-nos o empreendedor;
Falta-nos a empresa;
Falta-nos a possibilidade de crescer profissionalmente e socialmente para fixar as nossas famílias. Vontade de querer ficar, está claro, que temos!!
Somos um dos 100 melhores lugares para viver no mundo. Mas será que podemos?

Revista Time edição de 2 de Agosto