A cada dealbar de um novo ano, o tempo repete-se e os passos também. O mundo pára para balanços e a linha do horizonte ganha a dimensão de todos os nossos sonhos, desejos e aspirações.

Nestes dois anos, particularmente dificeis para todos, a simbologia das 12 badaladas abraçou, ainda, com mais força a vontade que o fim desta pandemia chegue, que o planeta volte a ser novamente uno e que os obstáculos desapareçam por completo.

Se em 2020 a palavra do ano foi Saudade, subsumindo em si mesma a carência de todos os afetos e a violência do isolamento e da distância, em 2021, o pódio foi cedido à Vacina, a qual simboliza, sem dúvida, a esperança perdida e a restauração da forma de viver que tanto gostamos.

Ademais do enorme contributo para a questão sanitária, a vacina salvou milhões de vidas e permitiu-nos voltar a acreditar que é possível vencermos esta enorme batalha.

Tal como em Portugal, pela voz do Presidente Marcelo, também em Macau, pelo CE, e na China, pelo Presidente Xi, os votos e os desejos repetiram-se: 2022 será o ano da vitória da pandemia e do restaurar das políticas económicas, ambientais e sociais que urge prosseguir.

O Chefe do Executivo de Macau, reiterou os esforços em “acções de prevenção e controlo da epidemia com as de desenvolvimento socioeconómico, acelerarando a diversificação adequada da economia e promovendo iniciativas para o bem-estar da população”.

Ho Iat Seng destacou, ainda, como pontos centrais, o 100.º aniversário do Partido Comunista da China, as eleições para a Assembleia Legislativa segundo o princípio “Macau governado por patriotas”, a criação da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin e o Segundo Plano Quinquenal da RAEM.

No dia em que Macau volta a fechar-se para o mundo, durante 14 dias, em que a Alliance Francaise, encerra, temporariamente, ao fim de 35 anos de existência, por falta de Professores, impedidos de entrar no Território e em que tantos sucumbem a dois anos de medidas draconianas de mobilidade, tudo o que queremos é que 2022 concretize a esperança e devolva a Macau o que de melhor este tem: a sua essência cosmopolita e sociedade multicultural!!

Feliz 2022 a todos!