diario as beiras
Desporto

Michaela Drummond bisa em etapas e Francesca Hall assume o comando da Volta a Portugal Feminina

05 de julho às 17h50
0 comentário(s)
União Velocipédica Portuguesa/Federação Portuguesa de Ciclismo

A neozelandesa Michaela Drummond (Arkéa-B&B Hotels) venceu pela segunda vez na Volta a Portugal Feminina Cofidis, impondo-se ao sprint na terceira etapa, que hoje colocou a britânica Francesca Hall (DAS-Hutchinson-Brother UK) no topo da geral, depois de percorridos os 121,9 quilómetros que ligaram Anadia a Pombal.

A etapa mais longa prova foi marcada por mais uma jornada de calor intenso, mas também pelo inconformismo das equipas que, na véspera, ficaram desiludidas com o resultado. Foi esse o motivo pelo qual a Arkéa-B&B Hotels e a DAS-Hutchinson-Brother UK lançaram em fuga, logos nos quilómetros iniciais, Danielle de Francesco e Tamsin Miller, respetivamente.

A dupla chegou a ter 3m55s de vantagem, obrigando o pelotão a trabalho árduo para eliminar a diferença, ainda antes da primeira passagem pela meta, situada a 10,5 quilómetros do final. Após esta passagem, o azar bateu à porta da canadense Mara Roldan (Cynisca Cycling). A detentora da Camisola Amarela Placard foi vítima de furo, perdeu o contacto com o pelotão e já não conseguiu voltar à frente de corrida, hipotecando as hipóteses de continuar no topo da geral.

A subida de segunda categoria, a 5200 metros do final, não desmantelou o pelotão, que acabaria por entrar compacto nos quilómetros finais, adivinhando-se uma discussão ao sprint. E foi o que acabaria por suceder, apesar de uma queda ter “cortado” o grupo.

À semelhança do que sucedera no primeiro dia, Michaela Drummond não deu hipóteses à concorrência, ganhando com autoridade o sprint. A segunda classificada foi a francesa India Grangier (Team Coop-Repsol) e a compatriota Marie-Morgane le Deunff (Arkéa-B&B Hotels) fechou o pódio do dia.

“Esta etapa veio para as nossas mãos”

“Ontem foi um dia realmente mau para a nossa equipa, com três furos. Hoje tivemos de colocar em prática um novo plano, atacando a corrida desde o início, obrigando as outras equipas a trabalhar. Com isso esta etapa veio para as nossas mãos. Só tive de fechar o trabalho das nossas meninas, em mais um dia muito quente. Com o esforço, na última subida, parecia que estavam 60 graus, brincou Michaela Drummond em reação à vitória e a mais um dia de canícula.

A britânica Francesca Hall aproveitou o atraso de Mara Roldan para vestir a Camisola Amarela Placard. É seguida pela estadunidense Ashley Frye (Cynisca Cycling), a oito segundos, e pela portuguesa Daniela Campos (Eneicat-CMTeam), a 11 segundos. Sendo boa contrarrelogista, a algarvia passa a ser uma séria candidata a bater-se pela vitória final.

Mas, de momento, o protagonismo pertence a Francesca Hall. “Estou muito feliz por ter conquistado a camisola amarela, embora, para ser sincera, não tenha vindo para a Volta a Portugal com a classificação geral em mente. Apenas vim com a ideia de conseguir o máximo que fosse possível para o coletivo, mas da forma como temos corrido, com a força que a equipa tem demonstrado, não há razões para não estarmos na luta pela geral até ao último dia”, revelou a nova comandante.

Após a vitória em Pombal, Micahela Drummond reforçou o primeiro lugar na geral por pontos, dando mais cor à sua Camisola Vermelha Cofidis. A colega de equipa Marie-Morgane le Deunff veste a camisola azul, de melhor trepadora, e Daniela Campos subiu ao topo da geral da juventude, sendo agora a dona da Camisola Branca IPDJ. Por equipas comanda a DAS-Hutchinson-Brother UK.

A quarta etapa, a disputar neste sábado, leva a caravana do Museu Joaquim Agostinho, Torres Vedras, onde será dada a partida, às 12H45, até Póvoa de Santa Iria, onde a meta deverá ser alcançada cerca das 15H25, depois de percorridos 92,5 quilómetros.

Autoria de:

Redação Diário As Beiras

Deixe o seu Comentário

O seu email não vai ser publicado. Os requisitos obrigatórios estão identificados com (*).


Últimas

Desporto