Uma equipa de cientistas da Alemanha está a desenvolver uma base dados sobre Energias Renováveis em África, nomeadamente fontes de energia hídrica, eólica e solar.
A pesquisa identificou até à data alguns países com projetos em preparação para uma potencial transição dos combustíveis fósseis até 2050, salientando que 76% de toda a eletricidade necessária no continente poderá provir de recursos renováveis até 2040.
Os académicos defendem que a diminuição dos custos da energia solar fotovoltaica, na ordem de 90% desde 2009, e das turbinas eólicas, entre 55% e 60% desde 2019, significa que as energias solar e eólica poderão liderar opções de energia renovável sustentável, apontando que “quase nenhuma energia hidroelétrica será lucrativa depois de 2030”.
“As centrais elétricas híbridas que geram uma combinação de energia renovável são outra opção. Um exemplo promissor disso é a instalação de painéis solares flutuantes em reservatórios existentes”, aconselharam os académicos sem especificar os interesses corporativos que financiam o projeto.
Todavia, foram identificadas até à data 1,074 hidroelétricas; 1,128 parques solares e 276 eólicos. Um número não especificado de projetos encontra-se em fase de planeamento.
Para satisfazer a procura energética em África, os académicos europeus defendem a partilha internacional de energia elétrica entre países africanos; aconselhando os seus líderes a se afastarem de políticas de desenvolvimento de base económica e a integrar os interesses das populações afetadas, sublinhando que a expansão intensiva de centrais elétricas renováveis tem causado conflitos com agricultores, parques nacionais e indústrias no continente.
E aqui fica uma questão relativamente à conversão da energia da luz do Sol em energia elétrica: quantas árvores querem os europeus abater também em África para instalarem hectares de parques solares; quem vai beneficiar na realidade, e quando terminar a validade dos painéis, para onde vai todo esse lixo electrónico?