Académica: Golaço de Noah valeu o bilhete
Noite agradável e amena, no Calhabé, com alguns momentos de festa – o “canelão” a três novatos, Gonçalo Ferreira, Fran e André Serra, e a apresentação da nova equipa feminina da Académica (ver à parte).
No que respeita a jogo jogado, registo para alguns bons movimentos ofensivos do lado dos pupilos de Pedro Machado. A ajudar esteve, sem dúvida, a atitude das duas equipas, sempre a priveligiar o futebol, e também a do árbitro, num invulgar e muito apreciável exercício de deixa jogar.
A Académica, toda de branco, apresentou-se com quatro novidades no onze inicial: Bernardo, André Serra, Fran e Rúben Freitas. Com alguma surpresa, Pedro Machado optou por um 4-3-3 elástico, que, muitas vezes, se desdobrava num estranho 3-6-1. A linha defensiva a quatro foi muitas vezes desfeita, com o improvisado lateral esquerdo Freitas a subir e a surgir por dentro, regressando assim à habitual construção “a três”.
Houve, talvez, alguma inclinação para o flanco direito, em jogadas envolvendo Chico e Gonçalo Ferreira, apoiados ora por Lucas ora por Fran, mas quase sempre sem finalização.
Já do lado oposto, apesar de menos solicitado, Noah mostrou-se mais assertivo. O luso-canadiano constituiu, aliás, a principal mudança no dispositivo tático de Pedro Machado, ao ser deslocado (e recuado) para a esquerda – apareceu amiúde colado à linha, fez quase sempre gato-sapato de quem lhe apareceu pela frente e foi, de longe, o melhor jogador em campo.
O que não mudou, do lado da Académica, foi a lentidão de processos, já detetada noutras partidas, mas agora “acrescentada” de alguma imprecisão no passe.
Ainda assim, foi um jogo dominado pela equipa da casa. Não que o caudal ofensivo se tenha traduzido em muitas ocasiões de golo, mas os dois concretizados e dois ou três outros que ficaram por marcar deram bem nota da superioridade coimbrã.
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