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Universidade de Coimbra ajuda a criar novo campus da Politécnica de Macau

18 de dezembro de 2025 às 17 h42
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UC | DCM

A Universidade Politécnica de Macau (UPM) anunciou hoje que vai contar com o apoio da Universidade de Coimbra (UC) para um novo campus na zona económica especial da vizinha Hengqin (ilha da Montanha).

Num comunicado, a UPM disse que as duas instituições de ensino superior assinaram um acordo para “construir, em conjunto, um campus global” na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau.

O objetivo é criar “um local de agregação de quadros qualificados internacionais de destaque e contribuindo para uma abertura de nível mais elevado” do ensino superior da China ao estrangeiro, referiu a Politécnica.

O acordo foi assinado pelo reitor da UPM, Marcus Im Sio Kei, e pelo homólogo da UC, Amílcar Falcão, por ocasião do 45.º aniversário do estabelecimento do então Instituto Politécnico de Macau, que se celebrou em 05 de dezembro.

Citado no comunicado, Marcus Im disse que o novo campus vai focar-se em tecnologia avançada e em saúde e bem-estar, “construindo uma rede de parcerias” que vai da China e “se estende aos nove países lusófonos”.

Na nota recorda-se que uma delegação da UC, liderada por Amílcar Falcão, visitou Hengqin e demonstrou interesse em explorar “as novas oportunidades de cooperação” criadas na zona económica especial.

Em outubro, a UPM e a UC criaram um laboratório dedicado ao estudo e desenvolvimento de soluções para o envelhecimento, com um polo de investigação em Coimbra e outro em Hengqin.

Segundo a UC, a meta é desenvolver “soluções inovadoras que possam permitir retardar o envelhecimento e melhorar a qualidade de vida da população, combinando a investigação biomédica com as potencialidades da inteligência artificial”.

O novo campus da UPM faz parte de uma cidade universitária, que vai integrar também o novo campus da Universidade de Macau (UM), cujas obras arrancaram na sexta-feira.

Quatro novas faculdades irão nascer no novo campus da UM em Hengqin, incluindo a primeira faculdade de medicina pública de Macau, em colaboração com a Universidade de Lisboa (ULisboa).

Em junho, o diretor da Faculdade de Medicina da Ulisboa disse à Lusa que os médicos formados na futura Faculdade de Medicina da UM poderão também exercer em Portugal.

A ULisboa está a colaborar com a UM para criar um currículo com uma estrutura “próxima daquela que é a estrutura” dos cursos na instituição portuguesa, disse Luís Graça.

O dirigente explicou que os cursos vão funcionar em co-tutela, permitindo aos médicos formados na UM obterem “uma equivalência e um reconhecimento” pela Faculdade de Medicina da ULisboa.

Entre as vantagens estará “permitir assim que os médicos formados no território possam também exercer medicina em Portugal”, sublinhou o investigador.

Autoria de:

Agência Lusa

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