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Opinião – Os truques dos extremistas

11 de outubro às 11 h14
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Os truques dos extremistas são inúmeros e os resultados são eficientes porque são carreados por máquinas insanas de divulgação e militantes engajados, missionários das verdades ideológicas. Eles estão por toda a rede social, nos cronistas de jornal, nos panfletários construídos pelas cadeias televisivas. Construir uma realidade que os arautos das certezas, os juízes da moral alheia, os pervertidos do dedo em riste precisam. Isto aplica-se à esquerda e direita.
“Cherry picking” é escolher apenas aquilo que nos garante a defesa das ideias que advogamos. Selecionar tudo o que suporta as afirmações que nos interessam.
Colorir para encobrir é a técnica dos livros de crianças, onde o preto e branco em linhas ganha o advento da cor com vivacidade. O mundo transcende a realidade com o embelezamento. É a estratégia da validação dos procedimentos, a teoria de certificar o lixo como substituição de bem-fazer, de desejar a sofisticação. São as bandeiras e os cartazes sobre a obra que não se fez.
“Cobrir para esconder” significa encobrir, tapar com um painel, para que não seja visto, ou não seja percebido, com o objetivo de ocultar, disfarçar ou proteger. Pode-
-se usar essa ação para fins decorativos, esconder canos com gesso, ou para ocultar a verdade, disfarçar um erro. É a política em uso na actualidade.
Demagogia está relacionada com manipular a informação, projetar partes como se fossem factos completos, usar disjunções falaciosas, construir conotação negativa, matar o mensageiro e apagar a mensagem. É o trabalho mais comum nas redes sociais.
“Humor perverso” é a estratégia seguinte. Hiperbolizar o cómico, ridicularizar por vez de gracejar, vexar o cidadão ou a sua mensagem, reduzir em ácidos sem contraditório, amesquinhar a coberto da rubrica de gracejo. O mais impudico, o mais elevado do sistema é Ricardo Araújo Pereira que não constrói nenhuma graça, não faz qualquer acto imaginativo: insulta e apouca. Ele define a linha ideológica da televisão, ao serviço das forças que lhe pagam e o mantêm. Poderia ser humor negro que descreve a crueza e desespero de muitas situações e pessoas. Mas aqui não, ele descontextualiza, usa humores biliosos e urinários e projecta o insulto, o vexame.
No fim vêm as “fake news”, que nem sempre são. Trata-se de deteriorar a imagem do outro, construir informação a partir de suspeitas, criar eventos a propósito de eventualidades, bloquear o contraditório na falsidade científica, utilizar palavras típicas da mentira: Único, Importante, Moderno, Evidencia. Nas revistas científicas surgem agora palavras com might be, may become, eventualy will, para lançar força ao que talvez pudesse, mas não se sabe se acontece. Isto dito como ciência é a mediocridade da literatura, é o incremento do romance no texto científico. Claro que isto serve a política e é o suprassumo das faculdades ideologicamente controladas.

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