Opinião: As Mulheres na Ciência

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Ontem celebrou-se o Dia Internacional da Mulher na Ciência coincidindo com o primeiro dia do ano novo chinês. Ao entrar neste ano do dragão, símbolo de força e harmonia, é imperativo celebrar o papel crucial das mulheres na ciência. Elas estão na vanguarda de avanços transformadores: até 2023, 65 Prémios Nobel foram atribuídos a 64 mulheres, incluindo Katalin Karikó pelo seu trabalho pioneiro no desenvolvimento da vacina de mRNA e Andrea Ghez pela sua descoberta inovadora do buraco negro no centro da nossa galáxia, a Via Láctea. Embora figuras como Katalin Karikó ou Andrea Ghez tenham recebido justos reconhecimentos pelas suas contribuições transformadoras, muitas mulheres permanecem longe dos holofotes, apesar dos seus contributos e avanços significativos. Atualmente, apenas 28,2% dos cargos de liderança na ciência são ocupados por mulheres, refletindo uma disparidade que não se deve à falta de competência, mas à escassez de oportunidades e visibilidade. A sub-representação feminina é particularmente evidente no desenvolvimento tecnológico, com apenas 5% dos desenvolvedores web sendo mulheres, levantando preocupações sobre o viés algorítmico e o futuro digital. Este cenário não é apenas um desafio de alguns, mas uma urgência de todos. Promover a igualdade de gênero na ciência deve significar mais do que o reconhecimento de uma desigualdade, deve exigir ação e políticas que lutem contra estereótipos e concepções passadistas. À medida que avançamos, os padrões de diversidade, igualdade e inclusão devem avançar igualmente – ou então não avançamos todos. Honrar as contribuições das mulheres na ciência é fazer caminho para as futuras gerações construírem uma comunidade mais inclusiva, permitindo que sonhem e inovem sem limites.

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