Opinião: Propostas eleitorais que insisto em pedir aos partidos

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1 – Os idosos amontoados são uma bênção das epidemias, são uma selva seca onde nasce a chama. A alternativa pode ser investir nos domicílios!
Dar casas ou melhorar as casas com a colocação de poliban, a colocação de suportes de mobilidade, a educação e formação para exercício, o apoio aos familiares que cuidam. Portugal vai em contramão. Portugal vai lançar mais cinco mil camas de cuidados continuados. Portugal vai ajudar à concentração, para preparar o cenário da próxima gripe, da próxima legionela, do sars cov 3. Vejo os jornais, pesquiso, e encontro números que demonstram como esta solução tem sido uma tragédia e uma indignidade. São imperdoáveis os dois anos de cárcere a que se votaram os idosos. O resultado foi que neles se deram as maiores taxas de mortalidade da covid 19 – aqui e noutros países. Envelhecer é uma programação, tem uma logística própria, tem uma previsibilidade – não podemos envelhecer e ficar sem acesso a casa. Não podemos ter o idoso encarcerado num prédio sem elevador até à perda da locomoção. A nossa existência pode ser pensada com antecedência e o nosso envelhecimento deve ser equacionado e preparado. Claro que há instituições pensadas com sofisticação, com elevação, onde se encontram momentos muito agradáveis, actividades importantes para o bem-estar e a manutenção de tarefas. Claro que há famílias limitadas nas opções, porque a vida é um trator sem sentimentos, que nos lavra as vontades e desejos. Estúpido mesmo é optar por mais este serviço político de distribuir umas camas de cuidados continuados que vão ter custos de manutenção a ultrapassar os mil milhões. O investimento nos votos continua até que uma bancarrota regresse. Housing First!
2- Um número apenas.
Porque havemos de ter números diferentes para tudo? Simplificar é ter a segurança social, o número fiscal, o cartão de cidadão, o número da porta, a matrícula do carro, o número de telemóvel, todos com o mesmo número. O próprio número bancário na formulação de 21 dígitos deve corresponder, numa parte, ao nosso número de tudo. 176243658 é cidadão, é porta de rua, é utente, é fiscal, é cartão de lojas, é miio, é meo, é vadafone, é carta de condução, é passaporte, é fnac, é altice. Simplificar ao absurdo e perceber como tudo fica mais fácil. Se assim fosse não precisavas de cartão nenhum.
3- Acabar com as prisões
O quê? Agora é que lhe deu! Pois era mesmo assim. Terminar com o presídio como medida de coartação de liberdade. Julgado e condenado leva com bracelete no punho e na mão. É vergonha? E então? Braceletes inteligentes que injectam fármacos se necessário, que avaliam risco de proximidade, que percebem, e se necessário filmam. Mas isso é contra a privacidade. Pois é! A privacidade de quem perdeu a liberdade, e desse modo só perde essa, e não a educação, a saúde, a higiene, a família que é o que lhes damos quando vão para a cadeia. Assim podemos reinserir. Assim podemos controlar o que fazem, e mandar para casa trabalhar os condenados, e os mais de vinte e cinco mil funcionários que gravitam em torno dos presídios.

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