Ninguém sabe quantos estrangeiros residem no concelho da Figueira da Foz, sendo certo que são vários milhares, de mais de 40 nacionalidades. Por outro lado, sabe-se que a maioria dos imigrantes são oriundos da América do Sul, sobretudo brasileiros. As maiores vagas migratórias aconteceram em 2022 e 2023.
O maior número de imigrantes concentra-se nas freguesias de Buarcos e S. Julião e Tavarede e na freguesia rural de Marinha das Ondas. Em 2021, segundo os Censos, o concelho tinha 59 mil habitantes. Neste momento, estima-se que haja mais entre seis e oito mil novos residentes estrangeiros no concelho da Figueira da Foz, a maioria chegada nos dois últimos anos, superando 10% do total da população.
Os novos residentes, vindos de todos os continentes, estão a inverter o saldo demográfico negativo que se vinha verificando no concelho – e no país – há cerca de duas décadas, devido à descida da taxa de natalidade e à emigração. Por sua vez, setores como a hotelaria, a restauração, a construção a indústria ou os serviços de limpeza resolveram a falta de mão de obra através dos imigrantes.
A chegada massiva de imigrantes, por outro lado, obrigou, neste ano letivo, os agrupamentos escolares a criarem 13 novas turmas. Em Tavarede, teve de ser reaberta uma escola do 1.º ciclo que havia sido encerrada há vários anos por falta de alunos.
Na Marinha das Ondas, onde reside uma expressiva comunidade asiática, maioritariamente nepaleses, o relativamente recente centro escolar já se tornou pequeno.

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