A economia chinesa reabriu sem quaisquer constrangimentos relacionados com a pandemia e os sinais de dinamismo são evidentes. Não escondendo algum desconforto decorrente da atual situação geopolítica, com particular enfoque na política norte americana, as empresas chinesas revelam estar ávidas de mais relações económicas com as suas congéneres europeias assim contrariando a tese de um mercado tendencialmente menos global e mais norteado pela diplomacia e política externa de cada país, nomeadamente demonstrando empenho em esbater a existências de eventuais barreiras comerciais entre o oriente e o ocidente.
Para as nossas empresas a atual condição constitui uma oportunidade singular para a exportação de bens e serviços, nomeadamente em setores específicos, quer de elevada diferenciação tecnológica, de forte componente humana e inovação, quer em setores tracionais como o dos têxteis e o do vinho.
Pese as inenarráveis condições aeroportuárias com que recebemos quem nos visita e as medidas recentemente anunciadas para fazer desmoronar parte do nosso turismo, reveladoras de uma classe política errática e de grotesca incompetência, os portugueses souberam cativar e atrair o Mundo e assim alicerçar parte significativa da nossa economia, urgindo agora aproveitar as oportunidades para fazer transportar mais de Portugal para o mundo, exponenciando a exportação do nosso melhor.
Num continente onde reside 65% da população mundial, a China, bem como a generalidade de toda região asiática, observa Portugal com particular apreço por razões históricas, competindo-nos saber explorar, com base na nossa atual modernidade, qualidade e sofisticação, o que o nosso passado nos continua a proporcionar e a simplificar.