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É singular a história de Tran Thi Than Hien. A jovem vietnamita, de 24 anos, decidiu aprender português e, em 2019, deixou a universidade, em Hanói, para vir fazer um curso, em Portugal. Quatro anos depois, continua a estudar, em Coimbra, e não esconde a ambição: ser intérprete na área da diplomacia.
Hien é um caso de estudo. Vive numa casa de portugueses com quem convive mal, trabalha num restaurante vizinho de casa para ganhar algum dinheiro e não manifesta interesse na vida boémia que tanto atrai os estudantes estrangeiros em Coimbra.
“Não gosto de sair, sobretudo à noite, sinto até insegurança”, confessa Hien. Também não tem amigos estudantes. “Em Coimbra, os jovens já têm os seus grupos e são pouco simpáticos com quem é de fora do grupo”, adianta, relatando alguns episódios de rejeição. “Afinal, a língua é uma grande barreira”, desabafa.

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