DB/Foto de Pedro Ramos
O ISEC celebra o 102.º aniversário. Qual o balanço que faz do último ano?
O ano anterior foi de readaptação e recolocação há aquilo que nos aconteceu durante a pandemia. Não nos podemos esquecer que os nossos alunos que estão hoje no primeiro ano concluíram o 11.º ano e o 12.º ano em casa. A readaptação à escola tem sido difícil. Não podemos esquecer que a inflação e o período que estamos a atravessar em Portugal tem influência nos alunos. Redobrámos os cuidados com o Gabinete de Apoio ao Estudante, realizámos acompanhamento psicológico a alguns estudantes que aparecem com comportamentos desviantes. Por exemplo, há alunos que tendem a isolar-se; a questão dos convívios para esses alunos é uma coisa que ainda diz pouco.
O que é que o ISEC pode fazer nesses casos?
Através do Conselho Pedagógico, dos diretores de curso, do Gabinete de Apoio ao Estudante obriga-nos a estarmos mais atentos. Por exemplo, tivemos um caso em que numa determinada disciplina ia haver um teste de aferição. Estavam 78 alunos inscritos, apareceram 18. Esta situação levou-nos a contactar os alunos para percebermos o que aconteceu. Isto significa que há mais acompanhamento e mais atenção ao aluno do que acontecia há 10 anos. Acabamos por funcionar como um ensino secundário avançado no que diz respeito ao cuidado que temos de ter com os alunos. Esta é uma vantagem que o ISEC tem em relação a outras instituições porque nós tivemos sempre uma grande proximidade entre os alunos, os professores e os funcionários.
Apesar dos problemas, o número de alunos do ISEC aumentou?
Aumentou, mas não nos podemos esquecer que o ISEC é a escola do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) que tem uma concorrência direta com a Universidade de Coimbra. Todos os cursos do ISEC existem na UC, ao contrário do que acontece nas outras escolas do IPC. Eu quando vim para o ISEC, em novembro de 2017, pedi para fazer um estudo e, na altura, dizia-se que só vem para o ISEC quem não entra na UC. Em 2017, só 18% dos alunos entrava, em 1.ª opção, aqui no ISEC. O ano passado, no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, entraram na 1.ª opção 48,7% dos alunos, ou seja, em 2022/2023 48,7% quiseram vir para o ISEC. Isto mostra que a escola está aberta à sociedade e é visível.
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