SIM
Nas atuais circunstâncias. As taxas turísticas têm ganho progressiva implantação em alguns dos municípios mais turísticos de Portugal: Lisboa, Sintra, Cascais, Porto ou Coimbra.
A ideia de taxar os turistas que pernoitam na cidade pode servir propósitos muito diferentes: pode visar a limitação do número de turistas – nesse caso, a taxa é anti turismo – , pode pretender compensar a cidade pelos custos inerentes à frequência turística – nesse caso, a taxa serve para cobrir custos originados pelo turismo – e pode constituir uma fonte de receita para reforço da qualidade das infraestruturas turísticas e à atratividade não só de turistas, mas de residentes.
É muito importante que o objetivo seja claramente identificado. Evidentemente, uma taxa dissuasora do turismo não fará sentido. Os estudos mostram que somente taxas de valor muito elevado têm um real efeito de redução da procura turística: valores como os que vêm sendo praticados em Portugal, cerca de 1 euro por noite, não afetam a atratividade turística.
Uma taxa que se dirija claramente a financiar a qualidade e a sustentabilidade das infraestruturas e dos serviços públicos relacionados com o turismo pode gerar um efeito virtuoso: a procura turística contribuir para um reforço da qualidade da oferta, tornando a Figueira mais competitiva num eixo económico estratégico do seu desenvolvimento.
A qualidade e a sustentabilidade da oferta turística não traduzem só um benefício para os turistas que procurem o município, mas também para os seus munícipes, atraindo e fixando novos residentes, seduzidos pelo dinamismo da atividade económica e melhor qualidade de vida que a cidade ofereça