Não!

Ou, melhor, ainda não! O bem-estar animal representa um avanço civilizacional e está, cada vez mais, a receber atenção nas sociedades evoluídas. Uma boa política de bem-estar e saúde animal garantirá que os animais possam viver com condições de qualidade, adaptados ao meio que os rodeia, sem sofrimento, livres de doenças e com estímulos adequados à sua natureza, punindo atos de crueldade, abandono e maus tratos.

Em Coimbra, nos últimos anos, verificaram-se alguns progressos nesta matéria. Foi eliminada a prática da eutanásia no canil municipal, verificou-se a adesão ao cheque veterinário, implementou-se uma política de adoção de animais de companhia recolhidos pelos serviços da Câmara, criou-se o primeiro (e único) parque canino na sequência de uma proposta vencedora do Orçamento Participativo.

Mas ainda há muito por fazer, devendo o tema ser assumido como uma prioridade política do Município, integrando o apoio em cuidados aos animais domésticos nas políticas municipais de apoio às famílias, desenvolvendo sessões sobre bem-estar animal e adoção responsável nas escolas, definindo políticas relativas a matilhas de cães assilvestrados, criando parques de matilhas, desenvolvendo campanhas de esterilização de animais de companhia, incluindo os animais errantes ou abandonados, aumentando a capacidade do centro de recolha animal municipal e trabalhando em maior cooperação com as associações zoófilas.

Como se costuma dizer “os animais são nossos amigos” e uma cidade que se quer humanista e civilizada também se mede pelo grau de defesa dos direitos dos animais.