Basquetebol: Quatro dias a respirar Albufeira em Soure

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DB/Foto de Miguel Almeida

De mochilas às costas, cheios de vontade de jogar basquetebol e conhecer (melhor) novos amigos. É o primeiro grande estágio da temporada e os jovens jogadores das seleções sabem que vai haver tempo para muito mais do que jogar basquetebol.

“No ano passado voltou a haver Albufeira [Festa do Basquetebol] mas, com todos os constrangimentos que ainda havia em dezembro, não conseguimos fazer este estágio, que agora retomamos e é bastante útil. Durante estes dias os treinadores vão poder conhecer os seus jogadores não só em treino, mas também a parte social, o que conta bastante”, começou por explicar, ao DIÁRIO AS BEIRAS, Luciano Rodrigues, diretor técnico da Associação de Basquetebol de Coimbra.

Muitas novidades, não só no lote dos selecionados, mas também dos selecionadores. “Temos gente nova. Alguns, por razões profissionais, não conseguem conciliar e deixam este grupo que já está junto há sete anos, mas os mais novos chegam e são integrados pelos mais velhos”, refere o diretor técnico.

Ontem foi dia de “assentar arraiais” na EB1/2 de Soure, no Pavilhão da Encosta do Sol, que servirá de quartel-general para o estágio. As quatro equipas vão alternando os treinos, ora nesta escola ora na EBS/3 Martinho Árias, ali bem perto.

Ontem houve um treino, às 16H00. Hoje e amanhã “estão programados treinos bidiários mas até pode vir a haver um terceiro, consoante a resposta dos jogadores”. “Haverá seis ou sete treinos até sexta-feira à hora de almoço”, explica Luciano Rodrigues.

Quatro seleções

A Soure chagaram ontem 60 jogadores, 15 por cada uma das quatro seleções, mas a época começou com “um grupo de 25 a 30 por cada uma das seleções”. “Agora já temos um grupo reduzido a 15 e serão 12 no final de março. Mas isto não quer dizer que não possam regressar alguns dos jogadores que não estão em Soure ou entrar outros”, afirma o responsável técnico conimbricense.

Luciano Rodrigues mostra-se “agradado por ter nas seleções representantes de praticamente todos os clubes” e elogia o trabalho que é feito a montante. “Tanto jogadores como selecionadores chegam aqui pelo trabalho nos clubes”, destaca.

Treinar, comer e dormir nas escolas

À semelhança do que acontece na Festa do Basquetebol também neste estágio os jogadores treinam, comem e dormem nos pavilhões.

“Estamos a simular ao máximo o que vão encontrar em Albufeira”, refere Luciano Rodrigues. “Muitos dos sub-14 é a primeira vez que estão nisto”, refere o diretor técnico regional. “Alguns saíram dos mini 10 e estão a aparecer agora”, acrescenta.

A covid-19 fez mossa e influenciou até o trabalho das seleções. “Dantes conhecia os jogadores todos praticamente pelos nomes e agora torna-se mais complicado fazer as seleções”, diz Luciano Rodrigues.

Também a pandemia fez com que “apareçam jogadores agora nos sub-16 que nunca tinham jogado” basquetebol. “Isto não era muito normal, mas agora aparecem alguns com qualidades inatas e que se destacam”, admite. “Alguns, se calhar, foram empurrados do sofá pelos pais, mas ainda bem que apareceram”, acrescenta Luciano Rodrigues.

Para além dos 60 jogadores a comitiva da ABC é composta por 10 treinadores, duas diretoras e um diretor técnico. Toda a logística restante, como transportes, alimentação, etc., “é proporcionada pelo município”, destaca Luciano Rodrigues, em jeito de agradecimento.

Com esta aproximação, o diretor técnico espera também deixar a semente para “conseguir mais um polo de basquetebol no distrito”

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