Ao longo das últimas semanas, a Europa tem assistido a uma série de
sabotagens que afectam directamente o funcionamento das suas infraestruturas críticas. Enquanto que no Mar Báltico a sabotagem ocorreu no gasoduto NordStream 2 provocando a interrupção de gás, na Alemanha foram desligados cabos essenciais para a segurança do tráfego ferroviário, afectando a sua segurança e circulação e, mais recentemente, na Polónia, verificaram-se sabotagens no maior gasoduto Europeu.
Neste sentido, e devido ao crescente número de casos de sabotagem verificados, a União Europeia vai aumentar os esforços para proteger as suas infraestruturas críticas, tais como as infraestruturas energéticas, como gasodutos ou torres de transmissão de eletricidade, mas irá também abranger outros sectores-chave como o das telecomunicações, transportes ou a componente aerospacial.
É fundamental melhorar a resiliência das infraestruturas críticas através da adoção de medidas previamente estudadas e adequadas para garantir a continuidade das suas funções, por forma a que a economia e a sociedade não sejam afectadas. Estratégias de gestão de crises, recuperação de desastres e continuidade de negócios pode contribuir para reduzir o impacto de tais ataques.
Finalmente, e para aumentar a cooperação entre os actores nacionais e europeus, seria importante desenvolver uma cooperação intersectorial, identificando potenciais problemas de segurança verificados numa ampla gama de setores econômicos.
É assim da maior importância que os líderes europeus reunidos amanhã em Bruxelas sublinhem a importância estratégica da segurança das suas infraestruturas críticas, com um foco concreto na protecção e defesa das mesmas, dado que isso garantira uma maior estabilidade das nossas economias e sociedades. Tudo aquilo que almejamos.