Seixo de Mira requalifica casa gandaresa e cria biblioteca comunitária

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Uma casa gandaresa, em Seixo, Mira, foi alvo de uma requalificação que permitiu a criação de uma biblioteca comunitária, a inaugurar domingo, que conta com espólio da professora de Mira, Fernanda Paula, que faleceu no ano passado.

“Sempre houve esta vontade do povo do Seixo de conseguir recuperar uma casa gandaresa que servisse como museu, como centro interpretação, um pouco para honrar as memórias do passado, mas também para a dar a conhecer aos mais novos”, disse à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia do Seixo, Rui Rocha.

De acordo com o autarca, a Junta de Freguesia do Seixo, em Mira, no distrito de Coimbra, candidatou-se, em 2019, a um financiamento da Turismo de Portugal para fazer a requalificação de uma casa gandaresa.

O investimento no valor de cerca de 148.762 euros, conta com um financiamento de cerca de 119 mil euros da Turismo de Portugal, que, numa primeira fase visa, a requalificação do edifício.

Já numa segunda fase, contempla a construção de um salão polivalente, no quintal do imóvel.

Considerando que o espaço na casa é “pequeno”, a ideia da construção de um salão polivalente serve para desenvolver atividades, de modo a “albergar mais gente”, para, por exemplo, a apresentação de um livro ou para um jantar típico, adiantou.

“A ideia é ser um centro vivo. Não ser apenas um museu, mas ser um centro de experiências, um sítio em que as pessoas possam vir ver como era a vida antigamente, ou seja, como eram os espaços, mas também vivê-la”, explicou.

O presidente da Junta de Freguesia do Seixo, também identificada por Seixo de Mira, acrescentou que na casa gandaresa serão desenvolvidas um conjunto de atividades, tais como aprender a fazer broa, ‘workshops’ de tear, de costura e de cozinha.

“Queremos depois criar muitas dinâmicas do que era a vida de outros tempos”, frisou.

No domingo, para além de ser inaugurada a primeira fase da obra, será ainda apresentado o “sótão das memórias”, que se trata de uma biblioteca comunitária criada no sótão daquela casa, onde antigamente se guardavam os cereais.

Esta biblioteca foi alvo de uma candidatura ao Programa Bairros Saudáveis, pela Associação Cultural e Recreativa do Seixo de Mira (ACR Seixo).

De acordo com o presidente da ACR Seixo, Tiago Cruz, foram doados “mais de 800 livros” por um familiar da professora Fernanda Paula e ainda oferecidos “mais de mil livros” por outras pessoas.

Cabe à Associação Cultural e Recreativa do Seixo de Mira, mediante um protocolo já assinado com a Junta de Freguesia, gerir todo o espaço da casa gandaresa e desenvolver naquele espaço as atividades.

A partir de domingo, a casa estará aberta ao público aos fins de semana e durante a semana, mediante marcação.

Segundo o presidente da Junta de Freguesia do Seixo, o “sótão de memórias” servirá como um “espaço intergeracional” em que há a partilha de histórias, com iniciativas, designadamente entre o centro de dia e a escola primária.

Já o presidente da ACR Seixo referiu que se trata de uma obra que irá permitir perpetuar nas próximas gerações aquilo que foi o berço da Região da Gândara, a casa gandaresa, símbolo de união, família, trabalho e convivências”.

“Estamos muito gratos por finalmente podermos abrir as portas de forma oficial e trabalhar nesta infraestrutura, como um referencial, turístico, cultural, patrimonial e gastronómico”, concluiu.

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