No fim-de-semana passado foi assinado o Acordo de Parceria entre Portugal e a Comissão Europeia, fixando os grandes objetivos estratégicos para a aplicação, entre 2021 e 2027, do montante global de 23 mil M€ de fundos europeus. A estes, deve-se acrescentar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que ja se encontra em execução e que é um programa que visa implementar, até 2026, um conjunto de reformas e investimentos centrados em torno de três eixos estratégicos: resiliência, transição climática e digital.
Esta será uma oportunidade única para o país, as regiões mas também as nossas cidades ou o tecido económico e empresarial reflectir sobre quais as prioridades para o pais na próxima década. Uma visão estratégica integrada destes fundos europeus é urgente por forma a se identificar as melhores formas de financiamento para os diversos projectos que actores nacionais, regionais ou locais pretendem desenvolver nos anos vindouros.
Importa sublinhar que há escolhas estratégicas que podem posicionar Portugal na dianteira do desenvolvimento económico e social: um país mais sustentável e que avança na transição ecológica e sustentável, um país que se posiciona na dianteira mundial em termos de transformação digital e desenvolvimento de novas tecnologias, com ecossistemas de empreendedorismo e start-ups espalhados pelas diversas regiões, um país que avança na modernização do sector agrícola ou que finalmente vê a economia do mar como uma oportunidade de futuro. Há escolhas que podem transformar Portugal na presente década.
No valor total de 37 mil milhões de Euros, este é o maior pacote de fundos europeus que Portugal alguma vez recebeu, esperando-se que contribua decisivamente para transformar o país, modernizando a sua economia, aumentando a sua competitividade, diminua as assimetrias locais e regionais, mas sobretudo que aumente a coesão social reforçando o potencial humano dos portugueses.