Opinião: Vamos deixar os carros

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Desde 7 de Março que está disponível na zona da capital belga um prémio para quem erradicar a sua matrícula, o que equivale a deixar de ter um carro. Além de atribuir um valor monetário, este mecanismo oferece também condições privilegiadas para circular na cidade gratuitamente ou a preços mais baixos. O montante deste bónus Bruxell’Air varia segundo o perfil do cidadão, tendo em conta os seus rendimentos, podendo ir de 500 a 900 euros. O apoio financeiro visa incentivar os cidadãos a encontrarem novas formas de mobilidade em alternativa à viatura pessoal. A oferta da cidade estende-se às viaturas partilhadas, bicicletas partilhadas, transportes públicos,… Ao mesmo tempo pode também contribuir para a compra de uma bicicleta.
Para promover a mudança, Bruxelas coloca à disposição dos cidadãos dispostos a deixar o automóvel, o acompanhamento personalizado por um “treinador de mobilidade” (“mobility coach”), para aconselhar sobre a alternativa mais indicada para os hábitos de viagens , facultando a oportunidade de testar meios alternativos. Desde Janeiro que Bruxelas prossegue a sua política de restrições de zona de baixas emissões, a exemplo de outras cidades europeias, baseada na ancianidade do veículo. Já desde 2020 que todas as viaturas matriculadas anteriormente a 2006 são interditas em Bruxelas. Desde o início de 2022 que estão também banidos da circulação dentro da cidade os veículos diesel matriculados antes de 2011, considerados grandes poluidores por serem dos últimos sem filtro de partículas. Circular com um veículo interdito implica uma multa de 350 euros.
Apesar de todas as medidas e incentivos, os engarrafamentos continuam caóticos e tornam a capital da Europa numa cidade insuportável e intransitável em dias de cimeiras da UE ou de visitas de Estado de Joe Biden…

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