Nestas alturas de lautos festejos e supimpas refeições, apesar de com contactos reduzidos, consomem-se diversas iguarias. A diversidade de iguarias obriga à multiplicação de pratos e talheres (para não falar de copos, flutes e taças…). Utilizam-se e, após já algum esforço, acumulam-se na banca da cozinha. E têm que ser lavados e limpos…
Ora, caso precise de uma desculpa, mesmo que apenas para si próprio, NÃO lave a louça à mão, PELO AMBIENTE.
Sim, não é preguiça, é demonstração de consciência ambiental e da necessidade de diminuir a sua pegada ecológica. Pode parecer um contrassenso mas a lavagem de louça de forma manual consome muito mais água. Pode ser algo diminuído, este consumo, se fôr fechando a torneira enquanto esfrega a louça, mas o gasto de água por lavagem manual supera em muito o da lavagem em máquina. E associado a este gasto vem a energia. A maior parte das vezes, até para retirar a gordura, utiliza-se água quente, bem quente. Ora, gastamos muita energia para aquecer a água e depois desperdiçamo-la pelo cano abaixo. Acresce à água e à energia a utilização dos detergentes. Não precisa de ser uma utilização como a deste escriba, que faria a Lara Li trocar na canção a banheira pelo lava-louça se visse a quantidade de espuma que eu produzi, nas duas ou três vezes em que lavei louça à mão. Mesmo sendo austero na utilização de detergente dificilmente se utiliza menos que na máquina.
Ou seja, a máquina é bastante mais eficiente na utilização dos recursos água e energia e na utilização de detergentes, que acabam por ser poluentes, mesmo que tenham rótulos «verdes».
Claro que a máquina para ser produzida gasta recursos, metais, plásticos, energia, água. No entanto, mesmo contando com todo o ciclo de vida desde a produção à reciclagem, a máquina ganha na eficiência à lavagem manual. Claro que para isso deve ser utilizada correctamente apenas operando quando cheia e no programa mais ligeiro possível (adequado à sujidade). E é sempre boa aposta, quando da aquisição, optar por modelos com elevados níveis de eficiência, tanto no consumo de energia como de água.
Munido desta informação pode olhar para a bancada cheia de louça suja a aguardar a sua vez na máquina, encher o peito e declarar: é pelo bem do planeta!
Com o tempo que lhe sobra pode dedicar-se a procurar informação sobre formas de responder às alterações climáticas, deixo aqui uma sugestão https://alemrisco.org/.