Opinião: Abandono animal

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No outro dia, nas redes sociais, uma foto de um cachorro chamou a minha atenção numa publicação da polícia de uma das zonas de Bruxelas. Dizia a publicação que a cadelita, de 4/5 meses tinha sido voluntariamente abandonada presa ao portão de uma escola. O animal não apresentava microchip, o que é obrigatório no território nacional, o que consubstancia a tese de abandono. As autoridades solicitavam ajuda para descobrir o autor do abandono, lembrando que se trata de um acto de crueldade aos olhos da lei belga, crime sujeito a uma pena de 8 dias a dois anos de prisão, e uma multa entre 50 e 100 mil euros.
Por ser uma publicação rara, que contrasta com tantas outras publicações portuguesas de canis e de associações incansáveis e inexcedíveis como a Gatos Urbanos (Coimbra), ou Associação Gadaff (Figueira da Foz), interessei-me por saber porque não há animais errantes na Bélgica.
Descobri que as associações de animais recebem os abandonos directamente nos seus estabelecimentos. Os donos dos animais, por uma razão ou outra (agressividade do animal, mudança de casa, morte do proprietário,…), podem dirigir-se a um dos abrigos, informar que desejam abandonar o animal, pagar uma taxa (cerca de 80 euros) e deixá-lo no local.
Quem adopta paga também uma taxa de adopção, que contribuirá para os gastos da associação. Os preços variam entre 315€ por um cavalo, 215€ por uma vaca, 160€ por um cão e 20€ por um pato, a título de exemplo.
As associações que protegem e defendem os animais são apoiadas pelo Estado e o trabalho depende muito da ajuda de voluntários. Há uns anos, quando tive mais tempo disponível, tentei ser voluntária nas associações da minha zona, que gentilmente agradeceram mas recusaram por terem excesso de voluntários… Dá que pensar, não é?

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