A Secção de Futebol da Associação Académica de Coimbra (AAC/SF) prepara-se para fazer história, ao promover, este domingo, o primeiro jogo oficial de futebol feminino de uma equipa com o símbolo da Briosa.
Uma estreia sem as honras devidas, já que não terá público, marcada para as 15H00, no Campo José Maria Neto, na Ponte de Vagos (Aveiro), frente à ADC Ponte de Vagos, a contar para a Taça de Portugal.
No futebol não faltam exemplos de filhos que seguem as pisadas os pais. Aqui foi ao contrário. Paulo Margaça habituou-se a vibrar fora das quatro linhas com os feitos da filha, jogadora do Cadima, e agora deixou o treino dos homens para agarrar este desafio de fazer crescer o futebol feminino na região.
“Fiz captações para uma equipa feminina há uns anos, mas a treinar é a primeira vez”, admite Paulo Margaça, o treinador que garante não existirem diferenças de género neste desporto. “A palestra terá de ser dada de forma diferente mas, no primeiro treino, disse-lhes que o futebol é igual, seja jogado por homens ou por mulheres. O campo, a duração, as regras, tudo é igual… portanto os treinos terão de ser iguais também”, acrescenta.
Todas as terças e sextas-feiras, no Estádio Universitário de Coimbra, elas juntam-se para treinar, no meio-campo contrário aos homens. “Estamos a trabalhar desde 1 de setembro e ainda a construir o plantel, mas, neste momento, já temos 24 jogadoras”, esclarece o treinador.

Muitas estreias
As jogadoras chegam de diversas formas. “Umas são de aqui perto, outras vêm estudar para cá, outras também porque não podem ir treinar ao clube que representavam, ou porque a Académica é um clube de referência…”, diz Paulo Margaça. Mas “a maior parte delas não jogava” futebol, por isso, o objetivo é “trabalhar para evoluir”.

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