Arquivo-DB-J.A. – Manuel Teixeira Veríssimo, presidente do conselho de administração do hospital

Os cerca de 20 médicos a recibos verdes ao serviço do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) que há uma semana recusam fazer Urgências à noite voltaram a rejeitar um aumento de cinco euros por hora, proposto pela administração, mantendo como reivindicação a reativação do acordo que garante dois elementos por turno, em vez de um. Na resposta, o presidente do conselho de administração, Manuel Teixeira Veríssimo, lembra de que lado está a decisão.

“Não é o dinheiro que nos move”, afirma nota enviada, no fim de semana, pelo médicos ao DIÁRIO AS BEIRAS. A redução de dois para um médicos nas Urgências gerais noturnas foi aplicada no início da resposta à pandemia, devido à necessidade de reforçar as equipas da linha da frente e à diminuição de doentes naquele serviço.

Entretanto, afirmam os médicos em protesto, o número de doentes aumentou, para uma média de 20, mas apenas um clínico continua na escala de serviço. Por sua vez, a administração do HDFF garante que a média de pacientes atendidos no turno da noite não ultrapassa os seis.
“O que está em causa é os médicos quererem dois [elementos por turno da noite], mas quem governa o hospital é o conselho de administração, não são os médicos tarefeiros. Tenho muita pena, mas é isso. Neste momento, não há número de doentes que justifique ter dois médicos. Quando for necessário, aumentaremos para dois”, respondeu Manuel Teixeira Veríssimo, contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS.

Aumento da procura no verão
A nota enviada ao DIÁRIO AS BEIRAS alerta ainda que, nos meses de julho e agosto, a população local regista um “aumento considerável”, obrigando a aumentar a capacidade de resposta pelo HDFF. “Não sabemos o que vai acontecer, mas estamos sempre disponíveis para nos adaptarmos às necessidades”, garantiu o presidente do conselho de administração.

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