Opinião: Estratégia e equidade

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Há coletividades a mais no concelho?

O associativismo faz parte das nossas tradições e é uma marca de identidade daquilo que somos enquanto figueirenses. Nunca poderia achar que existem demasiadas coletividades na Figueira da Foz, já que estas instituições são indispensáveis para uma participação ativa na sociedade, para reforçar valores como o espírito de união e de solidariedade.
Ainda, nos dias de hoje, são as coletividades que existem na nossa rua, no nosso bairro ou na nossa freguesia que apoiam quem mais precisa, sendo o conforto de muitas famílias. Agora o que devíamos salientar não é a quantidade, mas os desafios que atravessam, sendo que muitas delas têm em causa a sua sobrevivência.
Os obstáculos são muitos, a diminuição do número de habitantes do nosso concelho, a falta de captação de jovens para estas atividades, muitas vezes pelo motivo de realizarem a sua vida fora da nossa terra, a falta de investimentos e apoios para manter ou renovar as suas estruturas físicas ou até mesmo para avançarem com novas atividades mais atrativas para a comunidade.
Promover um associativismo popular dinâmico e até mesmo empreendedor é uma alavanca de desenvolvimento para a Figueira. São inúmeros os exemplos, em câmaras municipais, que adotaram projetos que apoiam, de forma sustentável, as suas coletividades através da criação de gabinetes de apoio ou de fundos municipais direcionados para o associativismo, onde é definido também parâmetros equitativos na atribuição de apoios a eventos ou atividades que vão para além do subsídio assumido pelos objetivos anuais.
Claramente que não se verifica esta planificação e estratégia por parte dos agentes políticos que comandam os destinos do nosso concelho. Verifica-se é uma discrepância de apoios atribuídos, sem se perceber quais os critérios. Na maioria das vezes prejudicando as instituições mais antigas e fragilizadas.
As coletividades são peças fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa, mais solidária, mais humana e hoje, mais do que nunca, são valores fundamentais que nos alentam e que nos fazem sentir mais seguros.

Leia a opinião de Ana Oliveira na edição impressa e digital do Diário As Beiras

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