Ambientalistas defendem suspensão de obras em jardim na Figueira da Foz

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O movimento ambientalista Parque Verde defendeu hoje a suspensão do projeto de requalificação do Jardim Municipal da Figueira da Foz, por não responder às atuais exigências sociais, ambientais e económicas.

“Será uma opção de bom senso refletir e ponderar a realização da obra, devendo ser suspensa, por ora, a decisão da Câmara, agendada para o próximo dia 20”, afirma a organização em comunicado.

Após ter analisado o projeto da autarquia, apresentado no dia 2, aquele movimento realça que a obra vai custar 800 mil euros, “um valor muito elevado dadas as carências do concelho em termos de desenvolvimento sustentável, independentemente da origem do financiamento ou das verbas”.

Trata-se da “segunda intervenção em menos de 15 anos” no Jardim Municipal, no centro da cidadã balnear do distrito de Coimbra, o que representa um investimento total de quase dois milhões de euros e “cerca de 10 mil euros por mês”.

“Acreditamos que um investimento desta ordem, numa zona muito importante da cidade, merece um estudo prévio detalhado e discutido publicamente para avaliação do seu custo-benefício”, adianta o Movimento Parque Verde (MPV), que, apesar de se congratular com a discussão pública realizada no início do mês, critica “a pouca informação e a falta de qualidade da apresentação do projeto”.

O projeto, na versão apresentada por iniciativa da Câmara Municipal da Figueira da Foz, presidida por Carlos Monteiro (PS), “não corresponde aos atuais requisitos societais de sustentabilidade ambiental e económica, obrigatórios no âmbito de um esforço global para minorar o impacto das alterações climáticas”.

Ao divulgar os seus contributos “para melhorar o atual projeto”, os ambientalistas esperam abrir “novos horizontes aos decisores e confrontar os técnicos” da autarquia com “desafios que não foram tidos em conta na elaboração da reformulação” do jardim, segundo a nota.

“Queremos uma cidade com um Jardim Municipal mais vivo, mais participado, preservando o património arbóreo e em que haja uma verdadeira ligação” ao parque das Abadias, preconiza o MPV, frisando que importa “tornar a cidade e o concelho da Figueira da Foz mais verdes e sustentáveis”.

Entre outras propostas, o movimento entende que a intervenção deve “manter as árvores em bom estado fitossanitário, adaptando as estruturas e equipamentos à sua localização e não ao contrário, como é proposto pelo projeto”.

Na sua opinião, é necessário “privilegiar as espécies autóctones e não proceder à plantação de espécies classificadas como invasoras”.

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