Opinião: Pintura sem título II

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Continuando a viagem pelas marcas dos mandatos autárquicos, sigo e esbarro nas superfícies comerciais! No final do último mandato de Aguiar de Carvalho (93-97) abriu o primeiro hipermercado de média dimensão (Intermarché, na Chã), numa zona periférica à cidade em lógica de complementaridade ao comércio tradicional, pois defendia-se a sua instalação nessas zonas, valorizando-as e não concorrendo com a dinâmica comercial urbana. Nessa época abriram ainda espaços de média dimensão, como os Pingo Doce e o Lidl de Buarcos. Não se criaram motivos para a dispersão da centralidade da cidade.

No mandato de Santana Lopes (97-2001) dá-se a abertura de duas médias superfícies comerciais, abandonando-se a lógica de localização periférica. O Foz Plaza (Jumbo) e E-leclerc instalaram-se em espaços sempre falados para destino de bem mais importantes infraestruturas para a cidade. Um onde se previa o eterno e desejado Parque de Exposições e Congressos e o outro junto ao Parque de Campismo, hipotecando o dito corredor verde da cidade.

Nos mandatos de Duarte Silva (2001-2009) parecia que as grandes “mercearias” e a acção da Câmara, deram tréguas. Restava-nos a Várzea para Parque Verde, anunciado em belos cartazes, um espaço de verdadeira “verdolândia”! A visão foi-se esbatendo com o tempo. Ao longo do último mandato e meio de João Ataíde (2013-2019) instalaram-se lá três grandes superfícies, e uma em Buarcos. O “extinto futuro parque verde” não passa de uma pintura sem título!

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