Opinião – Uma mixórdia de problemas

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Quando andamos pela nossa cidade, apesar de algum esforço que se constata por melhorar um ou outro espaço público, percebemos que há muitos detalhes que escapam aos governos locais. Desde espaços verdes por tratar, passeios que se enchem de água em dias de chuva , mesmo que estejamos em áreas frequentadas por milhares de alunos, como por exemplo em frente ao ISEC, passadeiras sem iluminação noturna decente, caixotes do lixo que transbordam nas zonas mais caras da cidade ou contentores de lixo reciclável cheios durante dias, os exemplos de detalhes por cuidar são imensos. Não é estratégico, mas para quem paga tantos impostos , estes deveriam ser os requisitos mínimos. Com tantas possíveis soluções tecnológicas, o município bem poderia criar uma aplicação , onde os cidadãos que quisessem participar , poderiam mandar uma foto, com a localização GPS do local e até com a sua própria identificação se o acharem necessário. Claro que, do outro lado, deveria existir uma pequena estrutura que tratasse a informação, a encaminhasse e a acompanhasse até à sua resolução. Esta proximidade até pode exigir coragem do poder público, mas tenho a certeza que poderia trazer bons resultados. Fica a ideia. Sendo que para isto ninguém precisa de pensar muito ou ser um génio das autarquias. Não falo nem da capacidade da cidade atrair investimento , de uma estação de comboios deste século, nem da gestão do Iparque que continua às moscas, ou da Baixa sem política de habitação permanente ou daqueles prédios eternamente inacabados em frente ao rio. Para esses problemas, a única coisa que me ocorre, é que a autarquia compre um daqueles quadros brancos , o Presidente escreva lá cada um desses tópicos e faça com que a sua equipa política olhe para o dito quadro diariamente. Pode ser no corredor dos Gabinetes políticos para nunca se esquecerem até que estejam finalmente resolvidos.
Durante as últimas semanas, tive de participar em várias entrevistas. Não resisto a testemunhar o que meia dezena de entrevistados e licenciados na Faculdade de Economia de Coimbra nos reportaram quando indagados sobre o que mais gostaram na sua recente licenciatura. Muita teoria , disseram. Não serviu para muito, diziam outros. E por isso rumaram para Lisboa , de modo a fazer um Mestrado ou um pós graduação. Vale a pena que os responsáveis reflitam no modo como introduzir conceitos mais práticos e mais contacto com as empresas, sobretudo em cursos de gestão ou economia. Fica a ideia e, para esta, não são precisos nem quadros brancos nem uma aplicação no nosso telemóvel.

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