Opinião: Eutanásia da Agricultura

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A agricultura é uma actividade estrutural. Tem que ser o Estado a definir as regras, de forma a que, no caso de uma calamidade, como, por exemplo, uma guerra, tal como num castelo, a população possa sobreviver sem morrer à míngua por falta de alimento. E é assim que deve ser estruturada e não como actualmente, em que se vive do importado e dos impostos que sobre ela recaem. Sendo simplista e, em síntese, um quilo de batatas, por exemplo, é pago ao agricultor por 15 cêntimos e é vendido nos supermercados por 75 cêntimos. Como é que se pode entender também que um quilo de cerejas esteja exposto a 1,99 euros e um litro de azeite, dado por 5 quilos de azeitona, a 3 euros?

O Estado tem que garantir um preço justo para que a população regresse à vida rural e deixem as cidades de ter sem-abrigo pelas ruas… Cuidado! O turismo é uma falsa ilusão porque se agora aflui, se houver terrorismo ou insegurança, pode deixar de afluir e a tão apregoada melhoria do PIB pode inverter-se…

Quero aqui recordar que um político por quem tinha e tenho apreço. Num mini-Conselho de Ministros em Macedo de Cavaleiros, alertei que a agricultura é uma actividade estrutural, que já não podia pagar impostos e que devia ser o Estado a definir as regras. Assim não aconteceu, mas, não sendo já Primeiro-ministro, confessou-me que a agricultura era a mancha negra do seu Governo. Acentuei: “De todos os Governos após o 25 de Abril”, exceptuando, talvez, aqueles que tiveram como Ministro da Agricultura António Barreto, Vaz Portugal e Soares Costa.

Estou tão preocupado com a agricultura que escrevi um livro cujo título é “EIVA”, ou seja, energias indispensáveis à vida, que é energia alimentar, energia electromagnética e energia das ideias e pensamento. Designa também o que significa ELVA. Indo a Elvas, eu vi tão poucos animais e oliveiras (se não moribundas), pelo menos doentes, pelo que criei este termo que significa energias limitativas da vida.

São elas a fome, a poluição e a impreparação dos políticos. Com certeza, nas viagens apressadas que fazem em trabalho ou propaganda eleitoral ainda não verificaram que são raras as aves, bem como rareiam os animais!…

Senhores Governantes e senhores Deputados, deixem os tronos, venham às ruas, percorram as aldeias… Oiçam, estejam atentos e deixem-se de partidarice. Tem que se alterar o caminho em declive que se tem percorrido. Basta! Entendamo-nos. Vamos todos juntos a isto, isto é, a reerguermo-nos do caos em que caímos.

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