Os políticos chegam apressados, a sorrir, e, saem a correr, às gargalhadas. A sorrir para serem simpáticos e agradar e, a correr, às gargalhadas, porque ninguém ousou criticá-los e afrontá-los – que senso tenha e não só conveniências.
Comece-se pelo congresso dos partidos.
Falam sempre os mesmos, aos outros não é dada oportunidade de expor as suas ideias.
Os congressos não são como deveriam ser, feitos; antecedidos de discussão dos problemas, locais e depois ascendendo até aos nacionais. Isto é, ser esta a regra geral. Pronunciam-se palavras que gostam de se ouvir, mas sem substracto ou fundamento. Sem realismos! Desconhecem as dificuldades da própria casa, quando mais da casa do vizinho.
Desde que haja crédito compra-se, gasta-se, passeia-se, endivida-se e não se procura soluções. E quais os sacrifícios que temos que fazer para inversão da situação actual. Não há excepções. Todos os partidos comportam-se, no momento actual da mesma forma, vendedores de ilusões.
Há que ser realista!
Qual a receita?
Vamos começar na freguesia ou aldeia:
O que se produzia? Onde se produzia, como se produzia? Quanto se produzia? Como se conserva? Ao preço que se vendia e vende? Qual a assistência técnica que se tinha? E a que se tem?
Ter como objectivo em quatro anos, alimentar o país e, até, início da exportação para colmatar o importado e comece a desaceleração do débito.
Penso que para duplicar a produção (com excepção dos cereais) é possível neste espaço de tempo. Para tanto há que aproveitar:
– todos os desperdícios orgânicos para alimentar a terra;
– água, água e mais água, construindo represas, charcos e pequenas barragens para que o Verão e o Outono sejam uma Primavera permanente e que com as estufas o Inverno seja ainda mais produtivo do que actualmente…
– Vontade de trabalhar e não estar à espera das migalhas que lhe vêm do Orçamento do Estado ou do roubo e peditórios que já cansam.
– Que o governo centrífugo – pertença a que partido pertence – deixe de ser impostor e imposteiro e vendedor de ilusões. Já há máquinas agrícolas suficientes em cada aldeia e é só ordenar a sua utilização.
– Dar atenção aos preços dos combustíveis e aos 23 por cento quando se come ou adquire qualquer coisa…
– Cuidado com o importado. Aconselha-se a Todos que utilizem prioritariamente o cá produzido. Seja alimentar, vestuário ou de qualquer outra natureza.
Basta de tanta dependência.
Já há poucos que cá têm como fazê-lo.
Não se deixem morrer sem que transmitam o seu saber.
Notem que o mais sábio, “não é aquele que mais sabe, mas o que melhor faz”.
Fiquem-se com esta, para a próxima fala-se da partidarice.