Opinião: A minha amiga Laura

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António Augusto Menano

Sei bem que já houve referências ao desaparecimento de Laura de Sousa Prazeres Faria de Lacerda, mas não ficaria de bem comigo se não escrevesse sobre o desaparecimento de uma amiga.

Fomos companheiros no Kiwanis Clube da Figueira da Foz e na delegação de Cruz Vermelha, estivemos irmanados em alguns projectos, embora tenha a consciência plena que Laurita, como muitos lhe chamavam com carinho, foi uma figura ímpar no voluntariado, na nossa cidade.

Andava sempre com receitas na sua carteira, e “passava-as” a quem delas necessitava, deva consulta gratuita, na Cruz Vermelha, era uma médica muito humana, interessada nos outros, no seu bem-estar, na sua saúde, no seu equilíbrio emocional.

Não posso deixar de referir o empenho com que participava nos espectáculos de teatro, no concelho, em Coimbra, em New Bedford, durante uma deslocação cultural e de companheirismo.

Ainda a vejo, uma figurante delicada, no palco da Universidade de Dartmouth, ou no Clube dos Pescadores, em New Bedford, na peça “O mar”, de Miguel Torga, ou numa visita ao Museu de Boston, o interesse e a curiosidade, também patentes em Newport, enquanto visitávamos as mansões dos Vanderbit e outros milionários, hoje património colectivo.

Foi homenageada, pela Cruz Vermelha de que foi presidente, e pela Câmara Municipal, pela sua ação social. Neste tempo de egoísmos, ambições e desinteresse pelo semelhante, Laura Lacerda foi um exemplo.

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