Opinião: Mercado de verão

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Teotónio Cavaco

Escrevo estas linhas a pouquíssimas horas de fechar a janela de oportunidade dada aos clubes de futebol para a contratação de jogadores – é um “dia louco“, de milhões e de ilusões, de golpes de asa e de esbardalhanços, de promessas e de sonhos, uns cumpridos, outros compridos, muitos nem tanto…

Disputadas as primeiras jornadas nos principais campeonatos europeus, muitos presidentes de clube, treinadores e adeptos vão-se consciencializando das fragilidades num ou noutro setor das equipas que puderam ou souberam construir, mas sobretudo vão-se enredando na insensatez em que se tornou o futebol moderno, ao ponto de se correr o risco de aumentar de tal forma o fosso económico entre meia-dúzia de clubes mais ricos (detidos, não pelos seus sócios, mas por xeques, oligarcas e grandes fundos financeiros) e os mais pobres (quase todos) que a competição pura, a emoção e a incerteza pertençam cada vez mais à memória saborosa mas longínqua.

Vamos muito proximamente confiar a governação dos nossos concelhos, diretamente para os próximos quatro anos mas indiretamente por um prazo mais alargado (tanto quanto a visão dos respetivos autarcas) sem que os possamos substituir a meio ou convidá-los a assinar por outro clube – e como também não estou a vislumbrar um xeque que passe um cheque por tão afamados pés, convém, à cautela, selecionar boas equipas, com espírito ganhador e “faro” pelo golo, para que não andemos sempre nos empatas…

 

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