Opinião – O limite e a idade

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Diogo Cabrita

Sou definitivamente contra a ideia de prolongar a idade do trabalho para lá dos setenta anos nos serviços do Estado. Nos particulares o processo obedece a regras diferentes. Se um idoso quer manter a sua empresa e se um homem tecnicamente fantástico quer prosseguir as suas habilidades no sistema privado e lhe pagam e o procuram, força nisso. Good for you!

Mas no Estado quem chega aos setenta e não formou quem o substitua – não nos faz falta. No Estado quem após os setenta quer construir a obra está enganado, ela tinha que estar construída muito antes.
A importância da liderança inclui essa realidade que é a construção de equipa, a formação de rotinas, a definição de estratégias e isso tem de existir para lá do criador. Ninguém pode ou deve ser insubstituível, chame-se o que quer que seja e tenha a posição que tiver.
Uma vergonha é irem embora os jovens formados em serviços médicos competentes porque alguns não lhes abrem espaço, já com a reforma na totalidade construída. Pensam que são úteis? Foram com certeza e até podem ser, mas falharam se ninguém faz o que eles faziam.
Pensam-se imprescindíveis – Vitupério! Elogio na boca do próprio é falta de vergonha. Não percebem a importância da renovação? Vão para casa pensar nisso!
Sou completamente contra a perpetuação de pessoas no SNS e acho até um despudor e uma afronta às novas gerações. Tenham vergonha e quando olham para o espelho tentem perceber que a selfie é um processo narcísico que nada serve o Estado e o seu fim último. São flores que nascem no lugar onde o que se apaixonava por si só, olhando o rio, foi enterrado!

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