Opinião – “O Trabalho”

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Daniel Santos

 

Assim ficou conhecido o edifício que, construído há cerca de 25 anos, estende a sua monstruosa dimensão por sobre uma zona de referência na cidade, o Bairro Novo. A sua volumetria só terá sido possível por ausência de instrumento de gestão territorial que o impedisse e por interpretação tolerante da regulamentação higienista aplicável às edificações urbanas.
O labéu instalou-se sobretudo pela falta de utilização resultante de uma mesquinha e avara opção mais do que por outras razões. O facto é que durante a construção, o promotor dispôs de uma vasta lista de inscrições de interessados. Quando chegou a hora de vender já o prédio estava estigmatizado. Ora, como é sabido, a uma seguradora, interessar-lhe-á exibir perante o ISP garantias financeiras, calculadas essencialmente com base numa carteira de ativos, com o intuito de asseverar as responsabilidades assumidas decorrentes da sua atividade. Como o valor patrimonial oficial se mantém, para o proprietário não vem da situação mal ao mundo! Não será por aqui que a solução pode ser encontrada?
A propósito, o atual vice-presidente da Câmara, no livro que publicou em coautoria em 2009, sobre a situação política figueirense, no capítulo da sua responsabilidade sobre “Ética, transparência e democraticidade”, criticando a falta de ação do executivo, concluiu sobre o edifício que era “incompreensível que a situação se arraste de forma insolúvel ao longo do tempo”. E tinha toda a razão!!!

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