Dois homens de 35 e 30 anos começam hoje a ser julgados pela prática em co-autoria material de um crime de tráfico de estupefacientes. Segundo a acusação, o mais velho costumava visitar o outro arguido quando este se encontrava a cumprir pena no Estabelecimento Prisional de Coimbra. Entre 1 de outubro de 2014 e 5 de abril de 2015, há mesmo o registo de várias deslocações a este estabelecimento por parte do arguido de 35 anos, que tem como profissão operador de máquinas.
No dia 5 de abril de 2015 (feriado devido às comemorações religiosas do Dia de Páscoa), este arguido “levou consigo uma placa de canábis (resina), envolvido em plástico transparente celofane, com o peso líquido de 95,938 gramas”. O objetivo era entregar este “pacote” ao outro arguido. Depois de passar a revista de entrada, o amigo conseguiu fazer a passagem do “pacote” ao arguido preso no estabelecimento prisional conimbricense, tendo este colocado o produto no interior das suas cuecas. Terminada a visita, o preso foi alvo de uma revista por parte de um guarda prisional no corredor que liga a sala das visitas à zona prisional, tendo retirado toda a roupa que tinha vestido.
Ao saber que o guarda tinha reparado na existência do produto estupefaciente, o preso decidiu abandonar “o local a correr, logrando fugir até à zona de céu aberto, junto às caldeiras, onde arremessou a placa de haxixe sobre a zona da RAVE – regime aberto virado para o exterior”. O produto estupefaciente acabou por ser recolhido por um dos guardas prisionais junto ao muro de alta segurança que circunda a Cadeia.

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