Opinião: A queda de Constantinopla

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Isabel Maranha Cardoso, economista

Isabel Maranha Cardoso, economista

Depois de umas férias forçadas de “escrita”, e retomando o meu artigo semanal, não consigo fugir ao assunto que domina o espaço mediático – as eleições americanas. Estas foram de tal forma surpreendentes que deixaram o mundo “pasmo”. Mais uma vez, todas as previsões, sondagens e extrapolação de resultados erraram, tal como havia acontecido recentemente com o Brexit. Pasme-se!
A zanga daqueles que se diziam marginalizados pelo “sistema”; a ira de muitos contra as elites políticas, mediáticas e financeiras; o ressentimento de uma classe média frustrada e sem representação; a própria inelegibilidade de Clinton, criaram as condições para um inapto poder entrar na Casa Branca.
Pessoalmente, não gosto de Trump, mas não entro no coro daqueles que prevêem o início do apocalipse. Só a sua total inexperiência em cargos políticos o fazia acreditar que tudo podia fazer: o discurso da vitória já reflectiu um lado mais contido que desconhecíamos. Acredito que o dito “sistema” americano vai abalroar, felizmente, muitas das intenções e barbaridades, desbocadamente anunciadas pelo agora Presidente eleito. Mas… desenganem-se aqueles que acham que o mundo não vai mudar… O mundo mudou nessa noite tal, como em 1553 mudou com a queda de Constantinopla, acontecimento que para muitos marcou o fim da Idade Média na Europa e que para os turcos otomanos o fim do outrora poderoso império Romano!

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