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Cerca de duas dezenas de “estudantes independentes” reuniram-se, ontem, à frente da Porta Férrea da Universidade de Coimbra (UC) para protestarem contra o “ataque feito ao Ensino Superior”. Os aumentos dos pratos sociais e a possível mudança da universidade para fundação foram os principais “pontos” da manifestação, promovida pelo movimento “Até quando?”.

“Percebemos as razões que levam à transformação para regime de fundação, mas achamos que esta decisão pode trazer mais prejuízos que benefícios. A universidade ganha autonomia mas ficará refém dos interesses dos privados”, argumenta Guilherme São Pedro, membro do movimento e de uma lista para o Conselho Geral da UC. O estudante de Engenharia Mecânica afirma que questões como “as taxas e emolumentos, criação de unidades orgânicas e venda de património” ficarão a cargo de um Conselho de Curadores, composto por personalidades ligadas a entidades privadas, sendo, assim, “um passo para que a universidade saia das mãos dos estudantes”.
“Não somos só nós que não concordamos. O feedback dos professores e docentes tem sido o mesmo: estão contra esta mudança”, garante.
O aumento dos preços nas refeições sociais e a sobrelotação nas cantinas, que se traduz “em 40 ou 50 minutos na fila de espera”, também estiveram na base da concentração, que não contou com o apoio da AAC.

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