Opinião – Uma Noite de Coimbra na Póvoa de Varzim

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Hélder Rodrigues

Hélder Rodrigues

1. A forma elevada como a Póvoa recebeu Coimbra

Quando nesse fim de tarde entrámos no Diana Bar, um cartaz anunciava o programa dessa noite na Póvoa de Varzim – Lançamento do livro “Coimbra. Cidade universitária da Lusófonia. Crónicas de afectos com pessoas dentro”.
O técnico de som (o Sr. Joel) revia ligações, acrescentava fios, procurava tomadas, o técnico de imagem (o Helder), ligava o videoprojector, ensaiava o slide show, alinhava a tela, procurando a melhor disposição quer para a projecção quer para o grupo de fados actuar. Traziam-se cadeiras para a assistência, mesas para os oradores e para os livros, alindava-se o ambiente!
A Maria João permanecia vigilante e atenta aos diferentes aspectos para que tudo corresse bem. A qualidade e o sucesso, não nascem por acaso, são fruto da vocação, do bom gosto, do empenho e de muito trabalho, por vezes invisível mas que estava ali bem presente para quem o quisesse ver!
Coimbra e a sua Universidade estavam assim, de forma elevada, a ser recebidas na Póvoa, embora o cavalheirismo, a gentileza e o saber receber das gentes nortenhas, e neste caso específico das gentes poveiras não ser para mim surpresa!

2. Uma calorosa Noite de Coimbra na Póvoa

No jantar que antecedeu o lançamento duas dezenas de antigos estudantes de Coimbra a viver e a trabalhar na região (juízes, advogados, médicos, professores), sentaram-se à volta de uns filetes de rodovalho pescados nessa noite nos mares revoltos da Póvoa e contaram estórias de Coimbra. No fim, como o vinho era de estalo, lá fomos, animados, de regresso ao Diana Bar, onde estavam já mais umas dezenas de pessoas.
Manuela Ribeiro, que juntamente com o vice-presidente e vereador da Cultura Luís Diamantino são as faces visíveis das Correntes de Escritas (um evento cultural que todos os anos leva à Póvoa, em Fevereiro, largas centenas de amantes da literatura ibérica), estava ali para nos dar as boas vindas!
José Macedo Vieira fez uma magnífica apresentação do livro e da Coimbra que o moldou para sempre. Aurelino Costa, o conhecido declamador poveiro, autor do poema “Canto a Coimbra”, declamou poemas que prenderam a assistência, O grupo de Fados “Amigos de Coimbra”, constituído por antigos estudantes de Coimbra a viver no Norte do País (Paulo Sampaio, Paulo Alão, Custódio Montes, Tomé Pereira, Domingos Mateus e Mário Neiva), cantou e encantou a assistência.

3. Coimbra necessita de se dar a conhecer ao País

Para além dos muitos livros que se venderam nessa noite, ficou no ar a existência da enorme potencialidade que Coimbra tem e que não está a ser devidamente aproveitada!
Coimbra necessita de se externalizar, de se dar a conhecer mais e melhor ao País, não só a nível científico, mas dos valores humanos, das sensibilidades, dos afectos e emoções!
E se a 1.ª edição do livro se virou, de forma lógica, para a cidade (e com isso se esgotou em pouco tempo, dado o acolhimento que teve), esta 2.ª edição vai procurar dar a conhecer Coimbra no exterior, indo ao encontro dos muitos milhares de antigos estudantes, seus lídimos embaixadores, espalhados pelo País! A Póvoa foi um bom exemplo e um bom prenúncio para o sucesso desta desejada digressão. Obrigado Póvoa!

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