Líder da UGT diz que país está “cortado ao meio” por política de esquecimento do interior

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O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, considerou hoje que o país está “cortado ao meio”, com a implementação de uma política de afastamento e de esquecimento do interior em detrimento do litoral.

“O país está hoje longitudinalmente cortado ao meio, com a tentativa de implementação de uma política de afastamento, de esquecimento, de quase ultraje do interior em detrimento do litoral”, disse o sindicalista na abertura do 2.º Congresso da UGT de Castelo Branco.

Há necessidade de se “encetar uma luta com os municípios no sentido de dizer que aqui [interior] também há portugueses e [que] temos de continuar a investir no interior porque também é Portugal”, disse o líder da UGT.

Segundo Carlos Silva, a UGT vai fazer todos os esforços na concertação social para que haja uma política de discriminação positiva para as regiões do interior.

“Se queremos atrair empresas e fixar gente, não podemos permitir que o produto final de uma empresa situada no interior seja mais caro por causa dos transportes e por causa do pagamento das portagens nas autoestradas. É preciso perceber isto”, sublinhou.

O dirigente sindical explicou, ainda, que o que se impôs à sociedade “foi uma visão economicista em detrimento das questões sociais”.

“Nós não podemos abandonar as funções sociais do Estado. Apostar no interior é também uma questão social do Estado e um imperativo ético do Governo, deste e de todos os outros”, sublinhou.

 

 

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