Portugal foi o país da União Europeia (UE27) onde a diferença salarial entre homens e mulheres mais aumentou entre 2006 e 2011 (últimos dados disponíveis), contrariando a tendência comunitária, segundo um relatório do Eurostat sobre o desenvolvimento sustentável.
O estudo salienta que a diferença entre a remuneração segundo o género tem vindo a diminuir e caiu, no conjunto dos 27 países analisados, 1,5 pontos percentuais entre 2006 e 2011.
No entanto, o vencimento bruto por hora das mulheres ainda estava 16,2% abaixo do dos homens no último ano analisado.
Em Portugal, ao contrário da tendência seguida pela maioria dos países comunitários, esta divergência acentuou-se e passou dos 8,4% que se registavam em 2006 para 12,5% em 2011, a maior subida na UE-27.
Eslovénia e Polónia são os países com maior proximidade entre os rendimentos de trabalhadores e trabalhadoras (menos de 5%), enquanto no Reino Unido, Eslováquia, República Checa, Alemanha, Áustria e Estónia a desigualdade salarial ultrapassa os 20%.
A diferença salarial também tem impactos na vida pós-laboral, já que as mulheres auferem pensões mais baixas e enfrentam um maior risco de pobreza na velhice.