O diretor-geral da Saúde, Francisco George, afirmou na quinta-feira em Coimbra, que “é absolutamente essencial” que os cidadãos da Região Autónoma da Madeira “tenham a noção de que o sucesso da luta contra o surto de dengue “depende deles próprios”.

Segundo o diretor-geral da Saúde, tudo o que corresponder a um armazenar de água, como os pratos dos vasos das plantas, deve ser evitado.

Análises feitas à água destes recipientes revelaram “índices muitos elevados de larvas do mosquito”, adiantou, em declarações aos jornalistas à margem do III Congresso Nacional de Saúde Pública.

“Só vamos ter sucesso com a colaboração de todos os cidadãos da Madeira, das escolas aos aposentados, àqueles que trabalham. Devem dedicar tempo a inspecionar os próprios locais de trabalho, de lazer e das casas, dos pátios, dos jardins, das varandas, para acabar com estes criadores artificiais, onde os mosquitos se multiplicam,”, afirmou.

Francisco George escusou-se a comentar as críticas do deputado único do PND no Parlamento Regional da Madeira, Hélder Spínola, sobre a alegada falta de meios de diagnóstico laboratorial para o dengue.

“Não discuto questões levantadas por políticos, por deputados, não se trata de um debate de caráter político. Estamos a falar da saúde pública, da saúde dos madeirenses. Estamos em crer que as respostas têm sido positivas. Neste momento está uma equipa internacional no Funchal e, naturalmente, terá uma visão objetiva daquilo que se está a fazer, e vamos esperar o relatório final”, afirmou.

De acordo com o diretor-geral da Saúde, o fenómeno apresenta “um perfil da atividade epidémica que é aquele que foi estimado, quando foram identificados os primeiros casos”.

Na sua intervenção no congresso de Saúde Pública, Francisco George elogiou “o trabalho notável” das autoridades regionais da Madeira, em colaboração com a Diregção-Geral de Saúde e estruturas da Organização Mundial de Saúde e da União Europeia, no combate ao surto de dengue.

(Texto: Agência Lusa)