Banif tem situação “estabilizada” e quer “reforçar capitalização” – Jorge Tomé

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O novo presidente executivo do BANIF, Jorge Tomé, hoje eleito pelos acionistas em assembleia geral extraordinária, afirmou que a instituição está “perfeitamente estabilizada” e tem como prioridade “reforçar a capitalização do banco”.

“O que a comissão executiva terá que estudar é reforço da capitalização do banco, porque sabemos que há linhas de capitalização do Estado. Todos os bancos certamente vão recorrer a essas linhas e o Banif não pode estar desalinhado disso”, declarou Jorge Tomé aos jornalistas após a reunião.

O responsável garantiu que este “banco está perfeitamente estabilizado”, acrescentando que “os tempos não são fáceis e uma das prioridades é reforçar a capitalização do banco, estabilizar o mais possível a sua liquidez, coisa que neste momento não é problema, e assegurar a sua rentabilidade no futuro”.

Segundo Jorge Tomé, “este assunto que está a ser agora equacionado, a capitalização dos bancos é um dos sustentáculos para os bancos fazerem face à nova conjuntura financeira e, portanto, se for necessário, o banco vai naturalmente recorrer ao fundo de capitalização”.

“Não há nenhuma questão sobre isso, até o vemos positivamente”, destacou, sustentando que o “o objetivo é valorizar o banco o mais possível”.

Para Jorge Tomé, se o Banif “fizer esse caminho vai certamente regressa ao PSI20”.

O responsável excluiu ainda a possibilidade do Banif integrar algum grupo externo, sublinhando que “o horizonte e estratégia do banco não vão passar por aí”.

Quanto à operação que o banco tem no Brasil, o presidente frisou que o projeto é manter-se neste país, cujo peso “não é significativo”, sendo na ordem dos 350 milhões de reais (200 milhões de euros), “reduzindo a sua exposição”.

Jorge Tomé desvalorizou ainda o seu envolvimento na polémica em torno da acusação de burla fiscal das sociedades Caixa Capital e a Caixa Desenvolvimento do Grupo CGD, considerando que este processo “não fragiliza o novo cargo” que vai desempenhar no Banif.

Declarou que “não houve fraude fiscal”, opinando que “era pouco percetível que sociedades da Caixa tivessem intenção de lesar o Estado” e frisou: “Vamos aguardar as conclusões do processo”, frisou.

Instado a opinar sobre o Banif continuar a ter sede no Funchal, Jorge Tomé concluiu: “O objetivo dos bancos é ganhar dinheiro, quero que esteja forte e ganhe dinheiro e tem feito isso muito bem, o objetivo é continuar”.

Os acionistas do Banif aprovaram hoje, em assembleia geral extraordinária, a nomeação de Jorge Tomé para presidente executivo do banco e Luís Amado para a presidência do conselho de administração

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