O caso terá ocorrido há “alguns meses, envolve muitos caloiros e doutores, e inclui queixas de agressões no seguimento da aplicação da praxe”.
As declarações, dadas ao DIÁRIO AS BEIRAS pelo dux veteranorum da Universidade de Coimbra, explicam o que terá motivado a decisão de suspender a praxe da instituição.
João Luís Jesus rejeita “comentar boatos” dando conta que duas jovens terão sido agredidas violentamente por um aluno mais velho na passada madrugada de quinta-feira.
“A queixa chegou ao conhecimento do Conselho de Veteranos há dois ou três dias, mas o caso ocorreu há alguns meses”, esclareceu o dux, recusando-se a tecer mais comentário até “os factos serem averiguados”.
O que é certo é que a praxe está suspensa na Universidade de Coimbra. Sem referir o caso, o Conselho de Veteranos emitiu um comunicado, ainda na quinta-feira, lamentando “atitudes desviantes” que conduziram a esta medida.
“Tendo chegado ao conhecimento do Conselho de Veteranos que alguns doutores/as desta universidade, no que diz respeito à praxe, andam a ter atitudes que, no mínimo, se podem considerar como desviantes dos princípios e orientações da praxe académica da Universidade de Coimbra”, o Magunm Consilium Veteranorum – Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra, “após análise desta situação”, decretou “a suspensão imediata de todas as atividades praxísticas no que diz respeito à chamada ‘praxe de gozo e de mobilização’”, lê-se no comunicado.
No documento, é “decretada a suspensão imediata de todas as actividades praxísticas no que diz respeito à chamada ‘praxe de gozo e de mobilização’”.
“Como consequência, em nenhuma situação pode neste momento e até à revogação desta decisão, existir qualquer praxe de gozo ou mobilização de ‘caloiros’ desta Universidade”, continua o comunicado, que é assinado pelo “dux veteranorum”, João Luís Jesus.
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