Uma denúncia de praxe abusiva feita no ano passado por sete estudantes da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESAC) levou a instituição a proibir as praxes no recinto da escola. O caso está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra e a ESEC tem relações suspensas com a Real Tertúlia Bubones, que gere as praxes no estabelecimento.
“Decidimos proibir toda e qualquer atividade de praxe dentro do recinto da escola e suspender as relações com a Real Tertúlia”, disse ontem ao DIÁRIO AS BEIRAS Rui Antunes, presidente da ESEC. Segundo o responsável, a comissão de praxe “terá de fazer uma alteração aos seus estatutos e rever o código de praxe” de modo a adotar uma “postura consentânea com os direitos e valores de uma sociedade democrática”.
“Não podemos permitir a violação dos direitos humanos, nem que se baseie na desigualdade ou humilhação”, justifica Rui Antunes.
A denúncia foi feita em duas cartas anónimas, uma delas subscrita por seis alunas que relatam uma situação de praxe, vivida durante a semana de receção ao caloiro, como algo “vergonhoso, nojento e impróprio”.
Toda a informação na edição impressa do DIÁRIO AS BEIRAS de hoje, 9 de setembro de 2019