Ilda Figueiredo defende saída de Portugal do euro “desde que o país seja compensado por ter sido roubado”

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Foto Jot´ Alves

A eurodeputada do PCP defendeu este sábado (3) na Figueira da Foz que Portugal deve sair do euro desde que consiga negociar “com a Zona Euro e a União Europeia compensações para o país por tudo aquilo que lhe foi roubado e continuam a roubar

Com aquelas condições cumpridas, Ilda Figueiredo disse que “seria melhor Portugal sair do euro”.  Mas “o melhor era nunca ter entrado”.

Ilda Figueiredo precisou que Portugal, a quem chamou um “protetorado da Troika”, foi prejudicado com a entrada na União Europeia, que obrigou o país a reduzir a sua capacidade produtiva, a frota pesqueira e a produção agrícola.

A diminuição da produção, por sua vez, conduziu Portugal à redução das exportações e ao aumento das importações, disse ainda. O desequilíbrio da balança comercial saldou-se ainda na corrida ao “financiamento externo “com juros duas ou três vezes superiores àqueles que cobram à Alemanha”, frisou. Por outro lado, Ilda Figueiredo recordou que o PCP sempre foi contra a entrada do país na zona euro.

A eurodeputada comunista falava aos jornalistas durante uma visita ao distrito de Coimbra. Na capital do distrito, encontrou-se (juntamente como o seu camarada de bancada João Ferreira) com associações de moradores de bairros sociais.

“Antes (até há dois anos), em Coimbra, havia um ou dois pedidos de habitação social por semana. Hoje, são dois ou três por dia”, afirmou a eurodeputada, imputando culpas ao “crescente empobrecimento” dos portugueses.

E adiantou que os eleitos comunistas com assento no Parlamento Europeu vão insistir na necessidade de incluir verbas no próximo quadro comunitário de apoio para a habitação social e equipamentos de apoio.

Na Figueira da Foz, Ilda Figueiredo visitou a Associação Tubo d´Ensaio de Artes e participou numa reunião do Movimento Defender o Hospital Distrital da Figueira da Foz. Aos jornalistas, criticou as medidas do Governo para a área da saúde e advogou a manutenção das atuais valências daquela unidade e o “reforço com outras valências”.

Se o Hospital de Dia Oncológico encerrar, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação parar e o Bloco Operatório das Urgências fechar durante a noite, segundo Ilda Figueiredo, o hospital corre o risco de ser transformado num centro de saúde.

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